A graça

João 6.29 “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”

Já aconteceu com você tentar pagar um presente? Comigo já! Tenho uma amiga que faz crochê muito bem. Admirava seus tapetes. Lindos. Certo dia ela apareceu entregando-me um tapete maravilhoso. Peguei-o e fui logo perguntando o preço. Antes de ela responder fui completando. Posso pagar com cheque? Você divide? Ela olhou assustada e respondeu: “É presente!” “Mas presente? Hoje não é meu aniversário!” Assim fazemos nós.

Queremos pagar o presente de Jesus. Queremos pagar a graça. Queremos pagar o que não podemos. Certa vez os discípulos perguntaram a Jesus: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (João 6.28-29). Quais as obras que Deus quer de nós? O que precisamos fazer? Orar mais? Jejuar mais? Precisamos sim, fazer tudo isso, mas precisamos tomar cuidado de não questionarmos a graça ou lutarmos para alcançá-la. Graça é presente e não se compra. Mas então o que é que Deus deseja que façamos? Qual é a obra que Ele procura? Simplesmente crer. Crer em quem Ele enviou. “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (João 6.29).

Jesus Cristo é a única obra que Deus requer de nós. É também a única obra capaz de nos conduzir à vida eterna. Precisamos entender que a vida terrena é dádiva de Cristo. Os apóstolos de Jesus pensavam que era possível alcançá-la através de obras piedosas. Você já pensou o quanto podemos insultar a Deus tentando pagar pela sua bondade? Então não precisamos ser bons? Não precisamos de boas ações? Não precisamos ter um bom caráter? Sim, precisamos de tudo isso. Mas por melhores que sejamos, por mais grandiosas obras que façamos, por melhor caráter que tenhamos, jamais veremos a Deus se não crermos em Jesus Cristo.

Longe de Cristo jamais seremos santos. Os que verão Deus não são os bons; são os santos. “Sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14b). Por tudo isso, creia apenas. Aceite a obra já feita, a obra de Jesus na cruz. Aceite a bondade de Jesus Cristo. Coloque-se diante de Deus no nome de Jesus, não no seu. Tão simples assim? Tão fácil assim? Não foi nada fácil isso. A cruz pesava muito. O sangue jorrado era verdadeiro. O preço de tudo isso? Não poderíamos pagá-lo nunca. Por mais que nos juntássemos, por mais que nos esforçássemos não conseguiríamos pagar o preço da salvação. Mas Ele pagou por nós.

Talvez pensemos que para Ele foi fácil. Afinal era Deus! Mas não foi. No momento da cruz Jesus era apenas o Deus carpinteiro, dando-nos o maior presente que receberíamos em toda nossa vida: a graça!

Caminhando no amor do Pai!

por Antonia Vieira de Lima Oliveira