Escuridão

I João 1.5 “A mensagem que Cristo nos deu e que anunciamos a vocês é esta: Deus é luz, não há nele nenhuma escuridão”.

Não gosto do escuro. Acho que nunca gostei. Ainda me lembro da minha infância em que usávamos lamparina para dissipar a escuridão. Muitas vezes amanhecíamos com as narinas escuras pela fumaça. Era só risos! Sou ainda muito medrosa, mas guardo dentro de mim um luzeiro grandioso, maior do que tudo e todos. Uma luz que não se apaga nunca e que é mais poderosa e brilhante que o sol, que a lua e que as estrelas. Ele é o supremo criador de todas as coisas.

Às vezes quando sinto medo clamo por Ele e sinto o seu abraço reconfortante que me diz: “Não tenha medo”. Ainda que todos se afastem eu estarei sempre do seu lado. “E eu estarei com vocês até o fim dos tempos” (Mateus 28.20). A certeza de sua vinda nos anima e consola independente de quando ocorra. Esta esperança é consolo para os tempos em que estamos vivendo. É a fé quem vence o mundo e a morte. Estou com vocês todos os dias. O que veio ao mundo é o Emanuel, o Deus sempre conosco, até a consumação de todas as coisas.

Estamos aprisionados dentro de nossas casas. O mundo lá fora geme. O mundo lá fora é uma selva. Escura. Tenebrosa. Gritos. Lamentos. Mortes. A esperança vai diminuindo. Buscamos uma luz. Buscamos respostas. Tudo está confuso. Buscamos soluções. Queremos encontrar o caminho. Alguém que levante o nosso ânimo. Precisamos de alguém que olhe nos nossos olhos e diga: “Isto não é o fim. Não desista. Há um lugar melhor do que este. Eu os levarei para lá”. Não precisamos deixar a selva para encontrá-lo.

É só acreditar e ter esperança. E se nós o encontrarmos, a esperança tomará conta de nós e Ele nos guiará. Ele sabe com certeza que não fomos criados para esse lugar. Ele nos lembra a todo o momento de que somos “como peregrinos e forasteiros nesse mundo” (I Pedro 2.11). E Ele insiste para que levantemos os olhos, esqueçamos a selva à nossa volta e enxerguemos tão somente o céu acima de nós. “Não prossiga arrastando-se com os olhos no chão, absorvido com as coisas à sua frente. Olhe para cima, e esteja atento às coisas à volta de Cristo.

Veja as coisas da perspectiva dele (Colossenses 3.2). Às vezes nos indignamos ao vermos tanto sofrimento e perguntamos para Deus: “Cadê o caminho? Mostra-nos!”Mas como um guia capaz e paciente, simplesmente alerta: “Eu sou o caminho”. Precisamos ser lembrados disso, pois todos carecemos de esperança. “Bem aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tiago 1.12). Senhor, tira-nos da selava escura. Leva-nos para casa.

A graça esteja com todos! Amém!

por Antônia Vieira de Lima Oliveira