Estou aqui!

Mateus 6.6 “Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa”.

Ah, que saudades do meu velho e amoroso pai! Sempre que desejava alguma coisa, chegava bem perto dele, pois os anos já haviam consumido sua audição e dizia: “Pai!” Ele se voltava com o olhar cheio de doçura perguntando: “O que foi filha?” Isso fazia com que me sentisse uma rainha: ser chamada de filha! Hoje já não tenho mais o meu pai, mas tenho um Pai amoroso que me ouve em qualquer lugar e em qualquer circunstância. Posso sempre dizer a Ele: “Deus, você é o meu Papai, e eu sou sua filha”. Posso sentir sua presença e o seu afago carinhoso. Para falar com Ele não preciso de palavras bonitas, nem de trajes exuberantes.

Ele me ouve do jeito que estou do jeito que sou. Tampouco preciso estar num templo suntuoso ou no Muro das Lamentações. Isso porque a oração no meu quintal ou no meu muro é tão eficaz quanto aquelas outras. Jesus diz assim: “Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa” (Mateus 6.6).

Amorosamente o Senhor nos convida para orarmos longe dos olhares dos outros, aquietar-nos em um lugar secreto, deitar o rosto em terra e, joelhos dobrados diante dele, do Pai Celestial, agradecer o que temos alcançado todos os dias, reconhecendo sua majestade e sua glória. E Jesus continua ensinando: “E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos” (Mateus 6.7). Jesus não dá importância a quantidade de palavras na oração. Temos a tendência de fazer o contrário. Quanto mais palavras, melhor.

Com isso podemos impressionar as pessoas, mas não a Deus. A oração é algo simples. Não a compliquemos. Apenas use de sinceridade. Seja sincero para com Deus. Suba em seu colo. Humildemente conte-lhe tudo o que está em seu coração. Mas, se preferir não lhe diga nada. Sussurre tão somente: “Pai, Papai”. Às vezes é tudo o que podemos fazer. No entanto Ele nos envolverá em seus braços e nos fará esquecer os estresses, os medos, as culpas, os sofrimentos, as exigências diárias.

Fale com Deus do seu jeito. Com simplicidade, sem arrogância. E Ele ouvirá. Apascentará o seu coração e poderá sentir o quão grande é o seu amor. Falar com Deus é simples. Diante Dele somos como crianças esperançosas desejando ser abençoadas. Como meu velho pai Ele vai olhar bem no fundo do nosso coração e dizer: “O que foi filha? Estou aqui!”

Que a graça de Deus esteja com vocês. Amém!

por Antônia Vieira de Lima Oliveira