Nossas mãos
- Missão Atos 4

- 16 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Colossenses 3.12 “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência”.
Estava eu mexendo numa caixa guardada há muitos anos. Quanta lembrança estava ali acumulada. Entre tantos papéis, havia um que me chamou a atenção. Era uma folha com uma mãozinha desenhada. No canto a data de alguns meses de vida da minha filha. Que saudade de suas mãozinhas! Pele lisa. Gordinha. Fazia furinhos aos pés dos dedinhos.
Depois essas mãozinhas foram aprendendo a segurar os meus dedos. Segurando o sofá enquanto dava os primeiros passos. Tocando o meu rosto. Até o dia em que com essas mesmas mãos fez um aceno e partiu. Foi viver sua vida e começar uma nova história. Será que foram também assim as mãos de Jesus? As mãos de Jesus foram diferentes em algo precioso. Eram mãos de amor. Eram as mãos de Deus.
Em suas mãos não havia sede de ganância, nem de poder. Somente amor. Por onde passava havia pessoas ansiosas pelo seu toque de compaixão: pais levando seus filhos, pobres levando suas misérias, pecadores levando seus pecados. Todos queriam ser tocados pelas mãos do Deus Criador. Mas um foi tocado e transformado de modo grandioso: o leproso sem nome de Mateus 8.
“Quando ele desceu do monte, grandes multidões o seguiram. Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse: Senhor, se quiseres podes purificar-me! Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: Quero. Seja purificado! Imediatamente ele foi purificado da lepra” (Mateus 8.1-3).
Aquele homem recebeu o toque de Jesus e foi curado. Sua vida mudou para sempre. Nunca mais seria a mesma. Nunca mais seria o pária indesejado. Infectado. Rejeitado. Condenado a um futuro insuportável. Ele foi curado e transformado com o toque de Jesus. Ah! O poder de um toque divino! Todos nós já o experimentamos. O médico que nos curou. A mãe que nos abraçou. O amigo que segurou firme nossa mão em um enterro. O aperto de mão de boas vindas. Ou então as mãos que usamos para orar por alguém.
Escrevendo mensagens. E.mails. Cozinhando. Para quantas coisas boas usamos as mãos! Em quem temos receio de tocar? Um animal ferido? Algum doente incurável? Jesus não tinha medo. Jesus tocou os intocáveis do mundo. Por que não fazermos o mesmo? Quem temos excluído de nossa vida? Por onde tem andado nossa compaixão? “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (Colossenses 3.12).
É o que devemos praticar em nossos relacionamentos. Por termos sido eleitos para a salvação eterna, nós os cristãos, devemos usar todos os esforços necessários para viver de acordo com a vontade de Deus. Para o apóstolo Paulo, a soberania divina e a responsabilidade humana andam de mãos dadas. Olhe agora para suas mãos. Contemple as palmas, depois as costas das mesmas. Se sua história fosse contada através delas o que poderia ser visto? Que as nossas mãos sirvam somente para afagar e distribuir amor. Muito amor a todos que se aproximarem!
Ao Deus que nos ensina a usar nossas mãos para distribuir amor, sejam dados louvores e glórias para todo o sempre. Amém!
Antonia Vieira de Lima Oliveira






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