Não se preocupe

Mateus 6.25 “Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa”?

Pode-se dizer que Jesus humanamente olhava a natureza com olhar de poeta quando nos adverte neste trecho sobre a ansiedade. “Não andeis ansiosos pela vossa vida”. Não podemos nos preocupar excessivamente com a comida e com as roupas, porque a vida é maior do que tais coisas. Jesus nos convida a olhar as aves do céu, inclusive os corvos, como relata Lucas. As aves não se dedicam a plantar e nem tem tempo de ceifa com que se preocupar, mas levam a vida cumprindo com o propósito para o qual Deus as criou.

Trabalham arduamente construindo os seus ninhos e conseguindo comida para os seus filhotes e, todavia não ficam inquietas. Quanta sabedoria na construção da casa do joão-de-barro, ou do beija-flor! São lindos ninhos de amor feitos com detalhes perfeitos. As aves não passam necessidade. Têm sempre uma plantação de milho, arroz ou bichinhos a sua espera. Deus as alimenta. “Porventura, não valeis vós muito mais que as aves”? nos diz Jesus. E de que adianta tanta ansiedade se não podemos acrescentar um só dia em nossa vida, nem mesmo uma hora ou um segundo a mais? “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será”? diz a palavra (Lucas 12.20).

Depois de citar as aves, Jesus volta-se agora para a vida das plantas. “Olhai para o lírio dos campos”. Ou poderiam ser as rosas, as margaridas, os cravos, os jasmins, as magnólias! Quanta beleza há nas flores. Com quão grande maravilha se vestem, se enfeitam, se perfumam. As flores não fabricam tecidos como os homens para se vestir, mas Deus as veste com uma beleza com a qual nem sequer as vestes deslumbrantes de Salomão poderiam comparar-se a elas. E as flores são temporárias. Nascem hoje e morrem amanhã. Se Deus faz tudo isso em prol das flores que desaparecem tão rapidamente, quanto mais vestirá seu próprio povo? “Homens de pequena fé” é o que somos quando demonstramos ansiedade. É desnecessário!

Jesus não só condena a ansiedade por ela ser inútil, mas também porque é sinal de incredulidade. Colocar a alimentação e o vestuário como bem supremo é característica dos que nada sabem a respeito de um Pai a cujos olhos cada um dos seus filhos é infinitamente precioso e que está plenamente ciente de todas as suas necessidades. Somos de Cristo quando desejamos primeiro e acima de tudo que se complete a vitória Dele sobre o mal, que Ele reine no coração dos homens e que os seus padrões de justiça sejam aceitos universalmente.

Precisamos aprender que se orarmos primeiro: “Venha o seu reino”, o “pão de cada dia” nos será providenciado. “Pedi as grandes coisas e as pequenas vos serão acrescentadas; pedi as coisas celestiais, e as terrenas vos serão dadas também”.

A Jesus que nos provê todos os dias. Aleluias!

por Antonia Vieira de Lima Oliveira