O caçador de recompensas!
- Missão Atos 4

- 10 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Mateus 27.5 “Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se”.
Na minha juventude gostava muito de filmes de faroeste. Vibrava a cada vitória do “mocinho”. O cinema parecia vir abaixo quando o mal era vencido. E o caçador de recompensas! Andava sempre solitário. Era um verdadeiro lobo do deserto. Pensando bem, na Bíblia temos um personagem que foi um caçador de recompensas. Sabe quem? Judas! Assim como o caçador de recompensas, o dinheiro que Judas recebeu por ter entregado Jesus não lhe serviu para nada. Não o deixou mais rico. Apenas sobre seus ombros passou a levar um fardo que o fazia curvar-se: o próprio fracasso. Judas era um fracassado movido pela inveja e pela cobiça.
Como o caçador solitário anda pelos montes selvagens e cheios de pedras, Judas anda pela frieza da alma sem destino. Sente um calafrio no peito. Como pudera trair o Mestre que o amara tanto? Como pudera trair o Rei carpinteiro que lavara seus pés na última ceia? Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus prediz sua traição.
“Digo-lhes que certamente um de vocês me trairá” (João 13.21). João então pergunta: “Senhor, quem é? Respondeu Jesus: Aquele a quem eu der este pedaço de pão molhado no prato. Então, molhando o pedaço de pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão” (João 13.25-26). E Judas passa para a história como o traidor. Ganancioso. Infiel. Sua recompensa? Trinta moedas de prata e um gosto amargo na boca. Tornou-se o lobo solitário perdido no deserto. Não tem para onde ir. Não tem um ombro amigo para chorar. Sente sobre si dedos apontados.
Apontados para sua traição. Apontados para o seu remorso. Estende as mãos. Grita. Mas ninguém o quis ouvir. Nem mesmo os que lhes deram a recompensa: os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos. Judas lhes disse devolvendo as moedas: “Pequei, pois traí sangue inocente. E eles retrucaram: Que nos importa? A responsabilidade é sua” (Mateus 26.4). O lobo solitário caminha pelo monte do remorso. Caminha sozinho pelo monte da solidão. Ele, o caçador de recompensas está só. Não tem mais nem o dinheiro do prêmio. Só resta uma coisa para uma mente alucinada: morte! E é isso que ele escolhe.
“Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27.5).
Andando sem rumo, sentindo o peso da culpa nas pernas, lá se vai o caçador de recompensas. Escolhe uma árvore onde decide cuidar do seu fracasso. Tentara ser um verdadeiro discípulo, mas deixara Satanás penetrar no seu coração. O mal havia vencido Judas Iscariotes. O caçador de recompensas encontrou seu final sem a luz da vida: Jesus Cristo!
A paz esteja com todos. Amém!
por Antonia Vieira de Lima Oliveira







Comentários