Oh pátria amada

“A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” Filipenses 3:20

Você sabe cantar o hino nacional inteirinho e sem gaguejar? Se sua resposta for não saiba que você se encontra na mesma situação da grande maioria dos brasileiros.

Independentemente de idade, credo ou classe social, o valor do amor a pátria e o conceito de cidadania parece ter se perdido no tempo.

Sou do tempo em que cantávamos o hino nacional na escola pelo menos uma vez por semana. Fomos ensinados que devemos respeitar, amar e defender nosso país, mesmo se para isso tivermos que dar nossas vidas em troca. Emociono-me ainda hoje quando ouço o hino tocando, seja lá onde for, num enterro de um político importante ou numa partida de futebol, não pelo momento, mas pelo que ele representa (ou deveria representar) a todo brasileiro.

Paulo fala de cidadania em Filipos onde havia colônias de Roma. Lembra aos cristãos que da mesma forma que um soldado romano nunca se esquecia de que pertencia a Roma, não poderíamos nos esquecer de que pertencemos a um reino espiritual. Estamos aqui, mas não somos daqui.

Pense comigo: Existe algo que simboliza melhor um país fora de seu território do que sua bandeira? A flâmula de um país reúne símbolos que vão muito além de cores e formas, ela representa os conceitos, as leis e as crenças, mostra muito do que seus habitantes são.

“Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula – “Paz no futuro e glória no passado.”

Mas o que o hino nacional tem a ver com a cidania celestial do cristão? Ambos tem o mesmo propósito de lembrar quem somos e em que acreditamos. Assim como jamais podemos nos esquecer que somos cidadãos dos céus, nossa conduta deve concordar com nossa cidadania. Seja onde for que eu me encontre, longe ou perto da casa de Deus nunca devo me esquecer que sou um cidadão dos céus.

Quando sei exatamente a que lugar pertenço posso ter a esperança e a certeza de que um dia estarei lá. Mesmo que minha pátria hoje seja um lugar cheio de pecado, pandemias e corrupção, e a bandeira não tremule com glória e imponência devido à maldade de seu próprio povo, me firmo na esperança de que logo Cristo voltará para nos levar ao encontro da minha morada eterna.

Toda injustiça, sofrimento, dores, maldade e pecados que me cercam, serão trocados por dias gloriosos, dias que viveremos com o Pai num lugar de onde nunca deveríamos ter saído.

“Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso. Filipenses 3:21”

por Ricardo Rodrigues