Pacote fechado

1 Coríntios 13.5 “O amor não se conduz inconvenientemente; não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal”.

Vivemos num mundo feito de pacotes. Pacotes de viagens. Pacotes de beleza. Pacotes de restaurantes. Parece que tudo virou pacote. As pessoas também às quais amamos formam um grande pacote. Nossos filhos, nossos pais, nossos amigos. Cada grupo formando um pacote. Mas, o que dizer do amor?

O amor é um pacote por inteiro. Um pacote fechado. Quando amamos alguém pegamos o pacote todo. Não escolhemos só as coisas boas. Nem descartamos as coisas ruins. Pegar ou largar. Se não fosse assim, não seria amor. O amor não aceita apenas algumas coisas. O amor está pronto a aceitar tudo. “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Coríntios 13.7). Mas como podemos amar os indivíduos que achamos difícil amar? Encontrar amor onde há divisões? Paulo viveu isso na Igreja de Corinto. Seus membros não se entendiam. Razão pela qual o pedido do apóstolo: “Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer. Meus irmãos fui informado por alguns da casa de Cloe que há divisões entre vocês” (I Coríntios 1.10-11).

A igreja estava dividida em grupos. Havia os adeptos de Paulo, os de Apolo, os de Pedro e os de Cristo. Não havia entre eles concordância sobre a liderança da igreja. No que dizia à moral, a igreja estava fora de controle. “Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, ao ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai. E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso?” (I Coríntios 5.1-2). Paulo só encontrou uma solução para o problema: amor! Amor verdadeiro.

Um pacote fechado de amor. Sem restrições. Sem dúvidas. Sem confrontos. Esse amor não é fácil. Nem para mim. Nem para você. Tampouco o foi para Jesus. Quer uma prova disso? “Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los?” (Marcos 9.19). Também o Filho de Deus lidou com pacotes difíceis de engolir. Mas Ele lidou e venceu. Lidou com as ofensas. Lidou com a expulsão do templo. Lidou com as zombarias. Com os golpes certeiros do martelo. Com o cuspe. Com as chicotadas. Com o sangue empoçado.

Até quando? Até quando devo suportar você? Jesus responde: Até que o galo cante. Até que a transpiração aflija. Até seus lábios pronunciarem: “Está consumado!” O pacote de aflições sumiu. Só ficou uma certeza. Ele será transformado de dor para alívio. De tristeza para alegria. De dúvida para certeza. E veremos então o pacote de amor que Ele preparou para nós!

A paz esteja com todos vocês. Amém!

por Antonia Vieira de Lima Oliveira