Testemunhas oculares

II Pedro 2.16b “nós fomos testemunhas oculares da sua majestade”.

Não sei se por instinto de sobrevivência ou ceticismo nosso, achamos que nada de errado pode nos acontecer. Mas, na semana passada, logo pela manhã, meu marido saiu de casa e ao retornar um galho de árvore, de tronco grosso, despencou do alto sobre sua cabeça.

Estava de moto e, portanto com capacete o que evitou dano maior. Mesmo assim machucou bastante e hoje depois de uma semana, não consegue mudar os passos. Apesar de isso ter acontecido, conseguiu sentir a mão poderosa de Deus sobre si. No meio da dor e da tristeza podemos presenciar o Autor da Vida. Podemos ter um vislumbre de sua majestade. Somos tocados de um jeito que somente alguém enviado por Ele poderia tocar.

E lá está Ele: Jesus! O homem. O Deus homem. O Galileu que falou com estrondosa autoridade e amou com humildade infantil. O Deus. Aquele que afirmou ser mais antigo que o tempo e maior que a morte. Lá se foram nossos erros e egoísmos cegos. Lá está Ele: Jesus! Você já o viu? Muitos o viram. Na alegria. Na dor. No sofrimento. Quem o viu nunca mais foi o mesmo. “Senhor meu e Deus meu!, chorou Tomé. Eu vi o Senhor!, exclamou Maria Madalena. Vimos a sua glória, declarou João. Não estava queimando o nosso coração enquanto ele nos falava? Alegraram-se os discípulos de Emaús”.

Mas Pedro, o impetuoso, foi o que fez a melhor declaração: “Nós fomos testemunhas oculares da sua majestade”. A experiência de Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração (Marcos 9. 2-13) deixou bem claro que Jesus, mesmo tendo vivido de forma humilde até a morte na cruz, é o Senhor Todo-Poderoso, que vai julgar o mundo inteiro.

Pedro tem certeza disso: ele sabe que Jesus apesar de ter se apresentado como humano é também Deus e só Ele tem conhecimentos profundos e conhece a Verdade. Pedro, então, com amor e sabedoria quer nos ensinar e evitar que nossa vida seja vazia e sem sentido. Ele não quer que sejamos enganados por falsos mestres, que não vivem o que pregam. Em vez disso, quer que vivamos uma vida bonita, conscientes da volta de Cristo e do juízo que ela trará sobre todo o mundo. Um alerta. Algo acontece à pessoa que testemunha sua majestade.

Ela fica dependente. Basta um vislumbre do Rei e você será consumido pelo desejo de ver mais dele e falar mais sobre ele. Uma vez que você viu a face dele, ansiará para sempre vê-la novamente. Não permita que ele seja apenas uma figura sinuosa como uma miragem no deserto, mas que se torne palpável como a face de um amigo. Não espere que um galho caia sobre sua cabeça. Junte-se àqueles que disseram: “Nós somos testemunhas oculares da sua majestade”.

A graça de Deus esteja com todos. Amém!

por Antônia Vieira de Lima Oliveira