Vida eterna

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”. João 3.36

Ah, chuva branca que cai devagarinho molhando mansamente a terra. Com nossos olhos na vidraça contemplamos a grande árvore no meio do pasto aonde os animais vieram se abrigar. De vez em quando um bezerrinho se arrisca a sair saltitante dando pinotes pelo ar. A natureza agradece e nós também por tanta doçura. Mais tarde conheci outra chuva.

Chuva vermelha de sangue que caiu sobre toda humanidade. Meus valores mudaram. Tudo mudou ao meu redor. O meu Senhor se doou na cruz de madeira onde verteu seu precioso sangue para apagar os nossos pecados. “Tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados” (Isaías 38.17).

Nós estávamos vestidos com as roupas do pecado e da vergonha. Éramos filhos da ira. Mas Jesus tomou essa roupa de nós na cruz. Tirou de nós nossa roupa de orgulho, ganância e egoísmo. “Cristo se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro” (Gálatas 3.13). E nós como presentes da cruz saímos vestindo o próprio Cristo. “Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram” (Gálatas 3.26-27).

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados; entre os quais também nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2.1,3).

Éramos como verdadeiros fantoches do diabo que nos manuseava a seu bel-prazer. Mas Ele chegou. O humilde Deus carpinteiro chegou mansamente como a chuva branca e nos tornou alvos como a neve. Não mais escravos do pecado, mas seguidores de Cristo. Embora às vezes rastejando, outras caminhando firmes e apressados tentamos seguir as pegadas de Jesus. Sabemos que não fomos resgatados por coisas materiais, mas sim pelo precioso sangue de Cristo.

“Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês” (I Pedro 1.18-20).

A humanidade um dia pertenceu a Deus pela criação. Mas perdeu-se através do pecado. O sangue de Cristo é o preço de nossa compra. Cristo deu seu sangue para nos tirar o pecado e a morte. Ele derramou seu sangue por nós. Isso revela o quanto somos importantes para Deus e o quanto é importante nossa salvação. A chuva branca ficou lá atrás. Na memória da infância tão longe. Mas a chuva vermelha de Cristo é presente. É futuro. É vida eterna!

A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos. Amém!

por Antônia Vieira de Lima Oliveira