A hora da verdade
- Missão Atos 4

- 25 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Salmo 51.6 “Sei que desejas a verdade no íntimo; e no coração me ensinas a sabedoria”.
Já se vão longe os tempos da minha adolescência de garota tímida e cheia de espinhas. Tínhamos um grupo enorme de meninos e meninas. Nas noites quentes de verão reuníamos na casa de alguém. Brincávamos de muitas coisas: casamento japonês, passar anel, telefone sem fio. Mas o que mais nos atraía era o jogo da verdade. Ninguém podia mentir. A verdade acima de tudo. Nesses momentos aproveitávamos para descobrir quem gostava de quem. Nessas ocasiões eu suava frio! Dizer a verdade é uma obrigação de todos.
E a Bíblia também nos convoca a isso. Davi escreveu o Salmo 51 de confissão e arrependimento. Quando Davi adulterou com Bate-Seba, o profeta Natã, a mando do Senhor, o repreendeu severamente. Davi entendeu o seu erro e escreveu esse Salmo confessando o seu pecado e pedindo perdão a Deus. “Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado” (Salmo 51.1-2). Quando Deus usou Eliseu para curar a lepra do comandante do rei da Síria, este com grande gratidão ofereceu-lhe um presente o qual Eliseu recusou. Mas quando Naamã se afastou para tomar seu caminho, Geazi, servo de Eliseu, foi atrás dele pedindo alguns bens.
Então Eliseu lhe perguntou: “Onde você esteve Geazi? Geazi respondeu: Teu servo não foi à lugar algum” (II Reis 5.25). Eliseu repreendeu Geazi pela mentira e ganância e acrescentou: “Por isso a lepra de Naamã atingirá você e os seus descendentes para sempre. Então Geazi saiu da presença de Eliseu já leproso, parecendo neve” (II Reis 5.27). Também o grande apóstolo Pedro teve seus momentos de faltar com a verdade. Pedro que era um dos mais destacados. Pedro que confessara Cristo quando os outros silenciaram.
Esse mesmo Pedro referindo-se a Jesus, dissera à criada; “Não sei de que você está falando” (Mateus 26.70). Quando Pedro já ia saindo outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus, o Nazareno. E ele, jurando, o negou outra vez: Não conheço esse homem” (Mateus 26.71-72). Pedro chegou até a jurar dizendo não conhecer Jesus. Ah, Pedro se você estivesse nos nossos brinquedos de dizer a verdade, seria massacrado! Mas o olhar do Senhor na sua direção fez você sentir calafrios na espinha. Doeu, e, como doeu! Sempre sabemos quando Ele está olhando. O seu olhar é profundo. Atravessa nossa alma. A mentira se torna um fardo. Difícil de carregar.
Davi também sabia disso quando confessou: “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao Senhor e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (Salmo 32.3-5). Vamos fazer da “Hora da Verdade” uma constante em nossas vidas?
A graça esteja com todos. Amém!
por Antonia Vieira de Lima Oliveira







Comentários