A luz

Atos 9.3-4 “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues”?

E ali estava Saulo. Alguém estava sendo julgado. E ele via tudo. Estevão era o nome daquele que diziam ser culpado. Recebendo a sentença foi levado para fora da cidade e apedrejado. Apesar de não ter participado do ato, Saulo não fez nada em sua defesa. Antes, porém, consentiu na sua morte. E quem era Saulo? Cidadão romano, nascido em Tarso que ficava na Cilícia. Era ferrenho opositor dos cristãos. Via os mesmos como mensageiros de uma calamidade. Saulo estava perto do sumo sacerdote no julgamento de Estevão.

E quando o Sinédrio precisou de um matador para aterrorizar a igreja, Saulo se adiantou. Ele se tornou o Anjo da Morte. Acreditava realmente que estava fazendo a coisa certa. Saulo não estava apenas perseguindo pessoas; ele estava em oposição a Cristo. Saulo assumiu o papel de liderança na perseguição da igreja. Ia de casa em casa entre os cristãos e os arrastava para o cárcere. Não poupava sequer as mulheres. Não satisfeito por suas atividades em Jerusalém, Saulo estava ansioso por fazer mais. Andava dizendo o que faria aos cristãos se não cessassem as suas atividades. “Vou matar todos, um a um desses cristãos”!

Alguns destes haviam fugido de Jerusalém e Saulo resolveu persegui-los e trazê-los de volta. Para tanto recebeu autorização do Sumo Sacerdote para ir às comunidades judaicas em Damasco. E Saulo ia para Damasco. Por certo rangendo os dentes e pensando: “Vou trazer todos os cristãos para Jerusalém”! Saulo ia caminhando e respirando ameaças contra os discípulos do Senhor. Era puro violência! A viagem até Damasco era longa. Cerca de 240 quilômetros.

Saulo andava a cavalo, provavelmente tomando o cuidado de se desviar das aldeias dos gentios. Foi uma jornada difícil. Difícil e escaldante. O calor era imenso. O sol golpeava e o calor fazia ondas no horizonte. Mesmo assim não desistia do seu objetivo. Mais ou menos ao meio dia sem qualquer aviso prévio, viu-se cercado por uma luz que brilhava intensamente. Ouviu uma voz que lhe falava: “Saulo, Saulo por que me persegues”? E a luz brilhava. E Saulo estremecia.

Então perguntou: “Quem és tu, Senhor”? E aquela voz mansa responde: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Quando Saulo levantou a cabeça para olhar, seus olhos não conseguiram ver nada. Ele estava cego. Tinha o olhar vazio. Foi o suficiente. Aquele homem tão cheio de si era agora um seguidor de Cristo. Já não era mais Saulo e sim Paulo. O grande apóstolo de Jesus.

Que Jesus também nos jogue sua luz e nos faça ter um encontro com Ele!

A Jesus! Glórias! Aleluias!

Antonia Vieira de Lima Oliveira