Amor de Pai

Provérbios 3.12 “Pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem”.

Ainda hoje me lembro do barulho dos chinelos de meu pai chegando em casa. Usava sempre uma colônia de fragrância doce cujo perfume exalava pela casa toda. Quanta saudade de meu pai! Lá se vão percorridos longos anos de sua ausência. Parece estranho que ele não esteja aqui. Acho que é porque eu o sinto presente em tudo que faço. Seu jeito sério e carinhoso de ser vem sempre à minha mente.

Por isso ele ainda está de uma forma especial muito presente. Sinto-me orgulhosa de ter sido sua filha. Deus descreve a si mesmo como nosso Pai. Deus se mostra com profundo amor paternal. “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7.11). Somos convidados a ter um relacionamento profundo com o Pai. É um relacionamento humano divino que exige de nós uma atitude de confiança infinita. O profeta Isaías nos aponta para a soberania de Deus que molda o indivíduo, as nações e a história da humanidade. “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos” (Isaías 64.8). Sim, somos obras das mãos do Senhor. E Ele nos ama com profundo amor.

A maior criação de Deus não são as estrelas distantes e que parecem tão perto de nós. A maior criação de Deus somos nós. Onde quer que estejamos Deus aí está. Ele está sempre presente. No seu trabalho. No seu carro. No seu quarto. Ele está sempre pertinho. Seu amor é inconfundível. Imensurável. Eterno. Ele se importa com você. Ele se importa com seus tropeços. Ele se importa com suas mágoas. Ele se importa com suas dores. Ele está próximo em todos os momentos.

Deixe que Ele ame você! Mas lembre-se, amar não é só oferecer recompensas. Alegrias. Presentes. Amar é também corrigir. “Pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem” (Provérbios 3.12). A correção prova o amor e o cuidado de Deus para conosco. Através dos períodos de provação e de aflição, Deus ensina. Os crentes devem se manter perseverantes na adversidade. “Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” (Hebreus 12.7). Também Hebreus 12.10 adverte: “Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade”.

Deus disciplinou a nação de Israel no deserto durante quarenta anos. Que possamos nesse dia dos pais presenteá-los com nossa presença. Nosso aconchego. Nosso carinho. Nosso amor. Nossa gratidão. Lembrando sempre que eles nos criaram e cuidaram de nós. Aqueles que como eu não tem mais o pai presente que ofereçam esse amor a outros pais. Mas, sobretudo lembrando o grande amor do Pai!

A graça seja com vocês. Amém!

por Antonia Vieira de Lima Oliveira