Aparência falsa

Mateus 21.20 “Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: Como a figueira secou tão depressa?

Ao lado da minha casa tem uma mangueira muito alta. No início dava sombra, frutos e suas folhas eram tão perfeitas que brilhavam com a luz do sol. Com o tempo ela foi perdendo sua beleza. Suas folhas foram secando uma a uma até que agora secaram completamente. A velha mangueira já não serve para mais nada a não ser para lenha. Pobre mangueira. Já não é mais admirada! Nem os pássaros vêm fazer seus ninhos nela. Muito menos pular e cantar em seus galhos. Olhando para a velha mangueira, me vem à mente a história da figueira sem frutos. Jesus andava com seus discípulos. Numa dessas andanças teve fome.

Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: ”Nunca mais dê frutos”. No mesmo instante a árvore secou. Esse acontecimento é muito rico em ensinamentos de Jesus. Jesus não amaldiçoou a figueira pelo fato dela não apresentar frutos, mas sim pela sua aparência enganosa de “frutífera”.

As folhas lindas e cheias de vida simplesmente indicavam uma promessa vazia. Assim somos nós. Muitas vezes apresentamos hábitos saudáveis de bons cidadãos comprometidos com os irmãos menos favorecidos tão somente para “aparecer”. Nosso coração está vazio e cheio de mesquinhez. Assim também acontecia em Israel.

Os maiores inimigos de Jesus foram os mestres da lei e os fariseus, que aparentavam ser algo que na realidade não eram. Eram homens de Deus, conhecedores da Lei e religiosos, porém tudo isso não passava de aparência. Tramavam matar Jesus. Várias vezes, Jesus os chama de hipócritas. A figueira também é usada na Bíblia para representar a nação de Israel. Apesar dessa nação, no decorrer da história, ter experimentado o sobrenatural de Deus, Israel não reconheceu Jesus como o Messias.

Era uma nação estéril espiritualmente. Do mesmo modo que a figueira de início se apresentava com folhas verdes e brilhantes dando a impressão de que estava carregada de frutos, Israel era visto como privilegiado povo de Deus. Mostrava-se perante o mundo como sendo rico de frutos espirituais, mas estava ficando infrutífero por causa do seu legalismo estéril e do seu falso cerimonialismo. Que possamos refletir sobre nossa vida. Somos realmente discípulos de Jesus pregando e vivendo seus ensinamentos ou somos cristãos hipócritas de aparência falsa.

Graça e paz!

Antonia Vieira de Lima Oliveira