De quem é a culpa?
- Missão Atos 4
- 11 de jun.
- 2 min de leitura
Mateus 7.1 “Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus”.
Desde que o mundo é mundo não gostamos de acusações. Preferimos antes de tudo jogar a culpa no outro. Apontar o dedo para um desafeto é o que mais gostamos de fazer. Isso começou com os primeiros humanos: Adão e Eva. Depois de comerem do fruto proibido e terem pecado, esconderam-se de Deus porque se sentiam nus. O Senhor Deus perguntou a Adão: “Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer? Disse o homem: Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore e eu comi” (Gênesis 3.11-12). Então o Senhor voltou-se para Eva perguntando: “Que foi que você fez?
Respondeu a mulher: A serpente me enganou e eu comi” (Gênesis 3.13). E assim seguimos nós julgamos de acordo com nossos “achismos”. “Eu acho que isso. Eu acho que você deveria fazer aquilo”. Quando Jesus ensina que primeiro deveríamos tirar a trave do nosso olho, para só depois ajudar a tirar o cisco do olho do outro, está nos advertindo quanto a difícil tarefa de julgar. Acreditar que o problema está no outro e dedicar-nos ao exercício de ficar apontando os erros de todos, menos os nossos nos afasta do amor do Pai.
O meu julgamento para com o outro serve muitas vezes para esconder até de mim mesmo as minhas imperfeições, inseguranças, ciúmes, levando para o outro aquilo que em mim não consigo administrar bem. Mas aqui Jesus mostra o erro de condenarmos os outros por nossa própria opinião, o que acaba nos fazendo de falsos e hipócritas. Condenar é o contrário de perdoar, e costuma gerar uma severidade incompatível com o Reino de Deus.
Outro problema é que a visão que temos dos outros normalmente é marcada por preconceitos que Jesus chama de “trave no olho”. “Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão” (Mateus 7.5). Pessoas julgadoras se tornam críticas e muitas vezes amargas. Seu olhar pessimista faz com que o seu próprio coração fique assim. E, na verdade quem julga nem sempre está enxergando uma verdade. Julgar pessoas é talvez basear-se em mentiras.
Abandonar o julgamento é começar a se colocar sob o olhar do Espírito Santo sobre as pessoas e situações, e isto traz saúde e força ao nosso coração. Jesus não proíbe a censura, a opinião ou a condenação de erros. O que Ele proíbe é de ficarmos procurando erros nos outros. O que Ele proíbe é de passarmos por cima dos nossos erros e assumirmos o papel de juiz supremo em relação aos pecados dos outros. Que o Espírito Santo nos ajude a ser uma pessoa doce e compreensiva para com todos.
Graça e paz. Amém!
Antonia Vieira de Lima Oliveira

Comentários