O anel

Lucas 15.22 “O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés”.

Muitos ainda se lembram daquela brincadeira de “passar anel”. Todos sentados em fila ficavam de mãos postas esperando pelo anel que estava na posse do comandante. Mas o que todos queriam era acertar com quem estava o anel para ser o novo dono ou comandante. Mas será que só ele pode ser possuidor de um anel? Não. Deus também colocou um anel em nosso dedo. Sinal de aliança para conosco. Através dele nosso Pai vem nos dizer que nos ama e que somos Dele. Deus acredita em nós como assim o fez o pai do “filho pródigo”. A história envolve um pai com muito dinheiro e bens e dois filhos: um muito sério e trabalhador e o outro com ideias avançadas querendo mais é “curtir” a vida.

Por conta disso pediu sua herança adiantada e foi esbanjá-la. Mulheres, jogos, bebidas e drogas passaram a ser seu novo jeito de viver. Não demorou muito, acabou o dinheiro e também os amigos. Com vergonha de voltar para casa, foi cuidar de porcos. Isso era uma vergonha para um judeu que considerava esses animais impuros. Resolveu então voltar para a casa do pai. “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho” (Lucas 15.18-19).

Assim, o rapaz foi para casa. O pai, como fazia todos os dias ia até o portão e olhava até onde seus olhos podiam enxergar na esperança de vê-lo chegar. Certo dia: “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou” (Lucas 15.20).

Acho até que o filho ficou espantado. Esperava que o pai lhe desse um duro sermão ou que não o acolhesse. Mas o pai não fez nada disso. Ao contrário, ele lhe deu presentes. Roupas. Calçados. Um novilho gordo. Festa. E o que mais? Um anel. Sinal de aliança do pai para com o filho. Aquele jovem passava a ser um procurador do pai. Possuía o anel, símbolo de autoridade. O nome do pai podia ser utilizado como garantia em seus negócios. Significava que o pai estava com ele. E a festa foi grandiosa. Quando vamos para o Pai também recebemos um anel. Muito mais valioso do que aquele que recebeu o filho pródigo. Chama-se anel da salvação. Tudo que esperamos de bom está nele. E o melhor é que Deus nunca desiste de nós. Nunca nos abandona. Está sempre esperando nossa volta.

Mesmo quando deixamos o anel de lado. Mesmo quando usamos os dons que Ele nos deu de forma errada. Mesmo quando andamos em caminhos obscuros seduzidos pelo mundo de luzes, Ele está à nossa espera. Nosso Pai está sempre aguardando nossa volta. Ele não quer que nenhum se perca. “O filho mais moço estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado”. É o que acontece conosco quando deixamos de seguir Jesus. É o que acontece quando preferimos o pecado à vida. Há sempre tempo de volta. Um anel foi nos colocado no dedo para que façamos sua vontade. Não um anel de brinquedo, mas a jóia mais valiosa que existe seu grande amor por nós e nossa salvação!

A graça seja com todos. Amém!

Antonia Vieira de Lima Oliveira