Solidão
- Missão Atos 4

- 31 de jul. de 2024
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Lucas 24.33 “Levantaram-se e voltaram imediatamente para Jerusalém. Ali encontraram os Onze e os que estavam com eles reunidos”.
Depois de um mês de férias conosco, meus netos voltaram para casa. Ah! Quanta tristeza. Meu coração ficou entristecido ao ponto de querer ficar sozinha o tempo todo. Nada me alegrava. Era como se tivesse sido tirado um pedaço de mim. Parece incrível, mas a solidão dói. E ela causa realmente tristeza e sofrimento. Infelizmente ela tem surgido muito em nossos dias.
Pessoas estão cada vez mais sozinhas, isoladas e protegidas por suas senhas e muros existenciais. O versículo de Lucas 24.33 que vimos fala de dois discípulos de Jesus que após sua crucificação e morte, decidiram abandonar tudo e voltar para sua cidade chamada Emaús. Eles, como eu, também ficaram tristes, mas ao mesmo tempo frustrados e com medo.
Não queriam encarar a crise e os problemas que por certo surgiriam. Por isso lhes parecia que era mais fácil fugir. Quando nos recusamos a enfrentar nossas realidades de frente, as dores, os traumas e as perdas, geralmente pegamos o atalho da fuga, porém este é o caminho da solidão que nos leva a uma profunda tristeza.
E é o que aconteceu com aqueles discípulos. Quantas vezes nós, ao invés de lutarmos com as dificuldades preferimos ir para longe. Encontrar o que? Na fuga só nos resta o vazio e a dor da solidão. Os discípulos de Emaús estavam em crise, muito decepcionados com a morte de Jesus. Muitas vezes também nós nos sentimos assim, pois nossas expectativas morreram, estamos decepcionados com a vida, com os irmãos e com o próprio Deus.
A solidão fez com que eles procurassem ajuda e aceitassem partilhar o caminho empoeirado com aquele desconhecido. É o que também podemos fazer aproveitando os momentos de solidão para compartilharmos a caminhada com Jesus. A caminhada de Jesus com os discípulos de Jerusalém a Emaús é um belo exemplo para ajudar pessoas sozinhas.
“Nosso coração queimava dentro do peito”, disseram eles. Naquele momento seus problemas puderam ser revistos e ganhar novos significados. Já não estavam mais sozinhos, aquilo que parecia escuro se tornara claro na presença do Cristo ressuscitado. Esta é nossa esperança: nosso ser inteiro já “arde”, mesmo que não saibamos tudo enquanto andamos.
É preciso deixar que na escuridão da vida este “arder do peito” se torne a esperança de um dia compreender melhor, que “toda lágrima será enxugada por ele” (Apocalipse 21.4). E eles entenderam que quem foge da cruz não vê a ressurreição. Creia, Deus nos deu espírito de ousadia e coragem. Não tenha medo. Fique firme e mantenha sua confiança em Cristo!
Graça e paz. Amém!
Antonia Vieira de Lima Oliveira






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