Tenho sede

João 19.28 “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!

Tem feito muito calor. Nos dias quentes sentimos muita sede. Nosso corpo necessita de água. “Tenho sede”! foi o que disse Jesus na cruz. Certa ocasião o Mestre cansado da viagem, assentara-se junto a uma fonte. Nisto veio uma mulher samaritana tirar água. Jesus também estava com sede e pediu que lhe desse de beber. Ela ficou sem saber o que fazer, pois além de mulher era samaritana e estes não se dão bem com os judeus! Como poderia dar água a ele?

O Messias estava cansado e insiste: “Dá-me de beber” (João 4). Jesus ali na cruz sente sede. Não é Deus que tem sede. É o carpinteiro. É o filho de José e Maria. Ele também tem sede. Sua garganta está ressecada pelo grande esforço da cruz. Jesus também era humano. Era de carne como um de nós. Por isso diz: “Tenho sede! Preciso de água! Só um gole”! Ele era o verbo. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1). Jesus era Deus. Deixou o seu trono majestoso nos céus para viver entre nós. Como qualquer humano teve fome, sede, cansaço. E ali estava o Rei, filho do carpinteiro. Estava sentindo sede. Ele era o carpinteiro crucificado sentindo sede. Mas ali estava também o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz!

Ao invés de darem um pouco de água a Jesus, deram-lhe vinagre. “Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca” (João 19.29). Os judeus não se compadeceram daquele homem pendurado na cruz. Deram-lhe vinagre para beber, ou melhor, molhar os seus lábios feridos pelos socos e pontapés. Quanta dor! Quanta agonia! Mas Ele não fez nada para revidar. O que faríamos nós se estivéssemos com sede e alguém nos desse vinagre para beber? É quase certo que reagiríamos com raiva. Não suportaríamos tamanha humilhação. Mas Ele não. Suportou tudo. Com paciência. Resignação. Naquele momento Ele é o Cordeiro imolado que leva sobre si os pecados do mundo. Nossa vida pode ficar azeda. Cheia de vinagre. Cheia de problemas. Cheia de contas a pagar. Cheia de patrões aproveitadores. Cheia de vícios.

Mas Ele nos convida a não olhar para isso. Convida-nos também a termos fé. Acreditarmos. Perseverarmos. A Terra Prometida, diz Jesus, aguarda os que perseveram até o fim. “Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mateus 10.22). Sim. Aquele que perseverar com fé receberá a salvação eterna. Nossa sede deve ser de adoração. De estudo da palavra. Jesus está de braços abertos, morrendo na cruz. Morrendo para gerar vida. Vida eterna!

No amor Dele! Amém!

Antonia Vieira de Lima Oliveira