Velhice com Deus

Eclesiastes 12.1 “Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: Não tenho satisfação neles”.

É curioso envelhecer. Percebemos que isso acontece quando começam a nos chamar de senhor ou senhora. Ou então quando nosso corpo não corresponde ao comando da nossa mente. Nosso tempo apesar de maior torna-se pequeno para cumprir nossas tarefas diárias. Ficamos mais lentos. Nossa pele se transforma. Nossos cabelos mudam de cor, ficam brancos. Apesar de brincarmos com a velhice nem todo mundo ri, principalmente nos dias de hoje em que a juventude é muito valorizada.

Tudo dói quando se levanta de manhã. Aquilo que não dói não funciona. Por mais que tentemos retardar, as páginas do calendário vão passando. Não há como voltar o tempo. Ficar mais velho pode ser perigoso. Precisamos estar preparados. Você sabe que está para chegar lá. Deus não deixou o processo em segredo. Ao escrever o livro de Eclesiastes, Salomão nos deu diversos conselhos, especialmente os que dizem sobre o passar do tempo, ou seja, a chegada da velhice. Viver uma vida sem Deus é caminhar na futilidade. Somente a vida vivida em fidelidade e santidade é a única que tem significado verdadeiro. Existem duas maneiras de ver a vida: há aqueles que a protegem e aqueles que a perseguem.

Os mais sábios não são aqueles que têm mais anos de vida, mas os que têm mais vida em seus anos. De um lado existe a voz da segurança. Permanecer dentro de casa e deixar o tempo passar. Não vamos nos machucar porque não iremos fazer nada. Estaremos seguros de tudo e de todos. Mas podemos ouvir a voz da aventura. A aventura de Deus. Em vez de ficar se aquecendo num cobertor, aqueça seu coração. Siga o que Deus manda. O que o Espírito Santo ordena. Saia de casa. Arrume o que fazer. E há tanta coisa a ser feita! Jesus nos adverte: “Quem tentar conservar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida a preservará” (Lucas 17.33). Perder a vida é encontrá-la; morrer é viver. Morrer para nós mesmos e vivermos para o Reino.

Colocar os interesses do Reino em primeiro lugar em nossas vidas. Pode ser que nossa vida inteira tenha sido preparada para um grande final. Foi o que aconteceu com Moisés, com Abraão, com Calebe ou com a profetisa Ana que teve força o bastante para orar pelo Messias e visão para reconhecê-lo quando o viu ao ser apresentado no Templo. Também foi na velhice que o apóstolo João, o grande amigo de Jesus, escreveu o último livro da Bíblia intitulado “Apocalipse”. Nossos últimos anos podem ser os melhores desde que saibamos aproveitá-los e os utilizarmos para a expansão e propagação do Reino.

Conforme envelhecemos nossa visão terrena diminui, mas façamos tudo para que ela aumente na direção do céu. Nossa idade não pode ser um inimigo. Ela deve ser apenas um lembrete de que Jesus nunca esteve tão perto. E viva a velhice com Deus!

Aguardando a vinda do Mestre. Aleluias!

Antonia Vieira de Lima Oliveira