Vida com Cristo

João 20.8 “Depois o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu”.

João, o discípulo amado. Jesus, o amigo querido. Eram tão amigos que João pensava que nunca abandonaria a Ele. Estivera por perto em todas as situações: no Cenáculo, no Getsêmani e aos pés da cruz. Sim, até aos pés da cruz lá estava João, o fiel amigo. Em nenhum momento abandonara Jesus. Nem nos mais conflitantes. E nós? Quando estamos vivendo uma tragédia abandonamos a Deus? Ou permanecemos ao seu lado?

João escolheu permanecer. Diz a palavra que Maria Madalena, no domingo bem cedo, foi ao sepulcro, lugar onde haviam sepultado Jesus, e viu que ele estava vazio. A pedra havia sido removida. Correu apressada ao encontro de Pedro e João e foi logo dizendo: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram!” (João 20.2). Imediatamente os dois saíram correndo até o local. Corriam e corriam. Pareciam estar disputando uma maratona. João, muito mais veloz ultrapassou Pedro e chegou primeiro ao local. Ele se curvou e olhou para dentro. As faixas de linho estavam ali. Mas e o corpo? João não entrou. Ficou ali. Parado. Olhando para dentro. Onde estaria o Senhor? Pedro chegou em seguida e entrou. O que viu? As faixas de linho e o lenço. Dobrados com cuidado. Quem teria feito aquilo? Quem teria sido tão zeloso com aquelas vestes?

João que até então havia permanecido estático à porta decidiu entrar. “Ele viu e creu” (João 20.8b). João viu que o corpo não estava mais ali. Onde estaria? Ele viu as vestes dobradas cuidadosamente. Ele creu no poder da vida. João amou Jesus. E porque o amou, ficou perto dele. Ali naquele momento ele creu que da morte pode resultar a vida. “Era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos” (João 20.9).

Sim, estava na Escritura. O Antigo Testamento retrata o Messias como alguém que sofreria. “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (Isaías 53.5). O Messias seria também aquele que ressuscitaria no terceiro dia. “Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado. Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto; mesmo o meu corpo repousará tranquilo, porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição.

Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita” (Salmos 16.8-11). João creu. E nós? Em que temos crido? Cremos que Jesus morreu e ressuscitou? Cremos que Ele vivo está? João creu no poder da vida. A semente precisa morrer na terra para poder germinar e brotar nova vida. Da mesma maneira precisamos morrer para o mundo para que gere em nós uma nova vida. Vida com Cristo!

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos. Amém!

por Antonia Vieira de Lima Oliveira