Bom perfume
- Missão Atos 4
- 28 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
João 12.3 “Então Maria pegou um frasco cheio de perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e toda a casa ficou perfumada”.
Perfume. Ah, como gosto de perfume! Principalmente quando é de boa qualidade. Imagino que foi um perfume assim que Maria derramou nos pés de Jesus. Não foi um ato impulsivo. Não foi um ato automático. Mas, com certeza foi uma extravagância. O perfume era muito caro. Valia muito dinheiro! Talvez fosse a única coisa de valor que ela possuía. Não havia lógica em fazer isso, mas desde quando o amor é movido pela lógica? E Maria amou Jesus.
Com o frasco na mão ficou atrás do Mestre. Devagar levantou a elegante tampa do mesmo. O perfume inundou o ambiente. Os olhares se voltaram para a cena. Ela começou a derramar o bálsamo. Imagino que sobre a cabeça de Jesus, seus longos cabelos, seus ombros, suas costas. Tudo se concentrou naquele perfume. Gesto de amor puro. Na pele de Jesus a fragrância da fé. Em suas roupas o aroma da confiança. Será que os discípulos entenderam aquele gesto? Pelo menos um não conseguiu compreender: Judas Iscariotes.
“Mas um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: Por que esse perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários” (João 12.4-5).
Com seu gesto Maria expressa gratidão e devoção de modo bem feminino ao amigo e mestre, derramando todo o precioso bálsamo nos pés de Jesus. Para ela, a vida merecia celebração, algo acima de qualquer preço. Fez algo que pareceu absurdo e reprovável aos olhos de Judas, que tinha um discurso de defesa dos pobres, mas na verdade era ladrão. Já naquele tempo os pobres eram usados para se obter benefícios próprios. Jesus que caminhava com os excluídos e os atendia, ao contrário, foi receptivo a este carinhoso gesto que ele aponta como um embalsamento prévio de seu corpo.
No dia de sua morte não haveria tempo para esta providência. Judas se mostra um personagem maldoso e mal humorado. Sua fala contra Maria que ungia o Senhor é a de quem tem uma visão moralista, vendo sempre erro nos outros, convencido de sua própria santidade e justiça. Quando Judas indaga o motivo pelo qual Maria desperdiçava o perfume, Jesus toma logo sua defesa. “Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo”.
A mensagem de Jesus é tão poderosa hoje quanto naquela época. Sempre haverá tempo para tudo. Tempo para gestos extravagantes. Tempo para derramar afetos sobre quem amamos. E quando esse tempo chegar agarremo-lo, não o deixemos escapar. Jesus aceitou o gesto de Maria. Jesus aceitou o amor de Maria simbolizado naquele perfume. Ele mesmo é o bom perfume!
Que Deus, o Pai, e o Senhor Jesus Cristo dêem a todos paz e amor. Amém!
por Antônia Vieira de Lima Oliveira

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